Tecnologia

‘Soft skills’ em TI: as habilidades extras que profissionais de tecnologia precisam ter

Crescer profissionalmente na área de tecnologia da informação (TI) depende tanto da agilidade para aprender quanto de um investimento em habilidades que vão além do conhecimento técnico, dizem os especialistas ouvidos pelo g1.

Aquela imagem do “moço da TI” como o “nerd” que fica em um canto do escritório e não fala com ninguém precisa ser quebrada por quem quiser progredir na carreira. E mesmo quem não tem planos de virar gerente precisa desenvolver habilidades comportamentais, as tais “soft skills”, no jargão em inglês.

As principais qualidades que precisam ser usadas no dia a dia são:

boa comunicação com o time e com clientes;
habilidade para resolver problemas;
resistência para trabalhar sob pressão;
facilidade para se adaptar a novidades e imprevistos
Aprenda: para desenvolver essas características, o profissional pode buscar por cursos fora da área técnica. Para se aprimorar na comunicação, por exemplo, pode valer apostar em um curso de teatro.

Pratique: “Participar de reuniões, apresentações, eventos e trabalhos em grupo é muito importante. E sempre pedir feedbacks para colegas próximos, para identificar pontos que precisa desenvolver”, indica Anne Lesinhovski, desenvolvedora front-end. Ela é dona de um perfil no Instagram sobre dicas de carreira nessa área, com mais de 24 mil seguidores.

Visão de negócios é diferencial
Se interessar pela área de negócios e demonstrar conhecimento nesse aspecto valoriza o “passe” de um profissional, ensina Jhonata Emerick, professor da FIA e fundador da startup de análise de dados Datarisk.

“Não adianta fazer curso atrás de curso sem entender o que o mercado está pedindo”, completa Anne Lesinhovski.
Emerick recomenda escutar podcasts que abordem a área (IdeiaCast, Data Hackers, dentre outros); e fazer a leitura de relatórios de resultados de empresas de tecnologia que possuem capital aberto. Esse tipo de documento é publicado de forma trimestral e está nos sites de relacionamento com investidores como Magazine Luiza, Nubank, Vale, Itaú, entre outras.

“Um documento de abertura de capital é muito detalhado, com estratégias, ideias de negócio que foram testadas [pela empresa]. Dá para fazer conexões legais com tecnologia”, indica o professor.

Siga pessoas que são referência: todos os anos, o LinkedIn divulga uma lista “top voices”, com as personalidades que vale a pena acompanhar em diversos setores, incluindo tecnologia.

Continue nas comunidades: participar de grupos de discussão, ter relacionamento com pessoas que tenham a ver com a área técnica escolhida e saber os principais temas da atualidade não é útil só na hora de buscar o primeiro emprego.

Foi nessa troca de ideia com outros desenvolvedores que a programadora mobile Thaíssa Candella, de 25 anos, percebeu que havia “vida além do código”.

Apesar de gostar da atividade, a profissional percebeu a oportunidade de evoluir na carreira como developer relations, nome em inglês para as pessoas focadas em criar relacionamentos e conteúdo para a comunidade de programadores.

Atualmente, Thaíssa é gerente de educação do Grupo Primo e embaixadora do Women Techmakers, programa do Google para incentivar o desenvolvimento de mulheres na área.

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