Segundo a Polícia Civil do Piauí (PCPI), ele é suspeito de tentativa de feminicídio.
Um motorista de aplicativo, identificado pelas iniciais F.P.V, de 30 anos, foi preso nesta sexta-feira (17), suspeito de tentativa de feminicídio na Zona Sul de Teresina. Segundo a delegada Nathália Figueiredo, do DHPP, o homem espancou a companheira por cerca de 6 horas em um motel no bairro Macaúba.
O crime aconteceu no sábado passado (11), e denunciado na segunda-feira (13), pela família da vítima. “Ela saiu com o namorado para um aniversário, na noite anterior, sexta (10). Eles se desentenderam e ela foi embora sozinha, de madrugada”, contou a delegada.
Nathália Figueiredo contou que do aniversário, a vítima foi para um posto, onde ficou bebendo sozinha até que recebeu a ligação do namorado, pedindo que ela voltasse, porque ele estava com o filho dela.
“Ela se sentiu ameaçada, já que eles tinham tido uma discussão lá no aniversário e ele era de ficar muito violento quando consumia bebida alcoólica, então ela voltou para casa com receio de acontecer alguma coisa com o filho dela”, completou.
Vítima foi recebida com soco
Quando a vítima chegou ao condomínio onde mora, o companheiro já estava esperando-a na porta e a recebeu com um soco, conforme mostram imagens obtidas pela polícia. Em seguida, o agressor entrou no veículo em que a vítima estava, tomando a direção e saiu com ela.
“A gente acredita que ainda dentro do veículo ele deu continuidade às agressões com murros e cotoveladas, enquanto se dirigia para um motel, onde ele continuou realizando agressões físicas contra a vítima”, relatou Nathália Figueiredo.
Gritos da vítima foram ouvidos e polícia não foi chamada
O casal deu entrada no motel por volta das 8h. A delegada afirmou que a vítima ficou cerca de seis horas nesse motel, sofrendo as agressões, pedindo socorro, e em nenhum momento a Polícia Militar foi acionada.
“Ela gritou tanto que chamou até mesmo a atenção de funcionários do estabelecimento e de clientes e nenhum realizou o acionamento da Polícia Militar”, afirmou Nathália Figueiredo.
Aplicativo do banco não reconhecia rosto da vítima
Segundo a delegada, às 15h, o homem entrou em contato com um familiar pedindo que fosse ao motel para pagar, porque ele não tinha dinheiro e a vítima não tinha acesso ao aplicativo do banco. “Não conseguia porque estava com o rosto desfigurado, por isso não conseguia abrir o aplicativo”, disse.
“Quando um parente chegou, viu a situação dela, viu que ela tinha sido agredida, ele afirmou que ela já tinha sido agredida antes, lá no posto. E o familiar falou que tinha que levar para o hospital, questionou porque ele não havia levado e ele não soube explicar o porquê”, completou Nathália Figueiredo.