De acordo com a Dra. Thaline Neves, o ultrassom com doppler é um exame amplamente utilizado na medicina fetal para avaliar o fluxo sanguíneo entre mãe e bebê, desempenhando um papel fundamental na detecção precoce de complicações gestacionais. Essa tecnologia permite investigar alterações na circulação que podem indicar risco de sofrimento fetal ou restrição de crescimento intrauterino.
Desse modo, o recurso é especialmente indicado em gestações de risco, quando há suspeita de que o bebê não está recebendo oxigênio e nutrientes adequados. Isto posto, identificar essas alterações com antecedência possibilita que a equipe médica adote medidas para proteger a saúde do feto. Interessado em saber mais sobre? Acompanhe, a seguir.
Como o ultrassom com doppler avalia o fluxo sanguíneo?
O ultrassom com doppler funciona por meio de ondas sonoras que detectam e medem a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo nos vasos maternos, placentários e fetais. Conforme informa a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, esse exame analisa estruturas como a artéria umbilical, a artéria cerebral média e o ducto venoso, permitindo identificar sinais de dificuldade na circulação. Essas informações são cruciais para avaliar se o bebê está recebendo o suprimento necessário para seu desenvolvimento.

Assim sendo, ao comparar os padrões de fluxo observados com parâmetros de referência, os profissionais conseguem detectar situações anormais antes que causem danos graves. Em muitos casos, o acompanhamento periódico com doppler possibilita decidir o momento mais seguro para o parto, garantindo maior proteção ao recém-nascido.
Em quais situações o exame ajuda a identificar sofrimento fetal?
O ultrassom com doppler é indicado quando existem fatores de risco para a gestação ou alterações detectadas em exames anteriores. Segundo Thaline Neves, ele é fundamental para avaliar casos de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, gestação múltipla, antecedentes de restrição de crescimento e outras complicações. Entre as principais situações identificadas pelo doppler, destacam-se:
- Redução do fluxo na artéria umbilical: indica possível insuficiência placentária.
- Redistribuição do fluxo para o cérebro fetal: sinal de que o bebê está priorizando órgãos vitais.
- Alterações no ducto venoso: sugerem comprometimento grave da circulação fetal.
Esses achados permitem intervenções antecipadas, como intensificação do monitoramento, administração de medicamentos ou indicação de parto, dependendo do estágio da gestação e da gravidade do quadro.
Qual a relação entre o exame e a restrição de crescimento intrauterino?
A restrição de crescimento intrauterino (RCIU) é uma condição em que o bebê apresenta tamanho menor que o esperado para a idade gestacional, geralmente devido à má nutrição ou oxigenação insuficiente. Como destaca a Dra. Thaline Neves, o ultrassom com doppler é a principal ferramenta para avaliar essa situação, pois revela se há comprometimento na transferência de nutrientes pela placenta.
Logo, quando a RCIU é detectada precocemente, o acompanhamento pode incluir mais consultas, exames complementares e ajustes no planejamento do parto. Essa abordagem aumenta as chances de o bebê nascer com melhores condições de saúde e reduz riscos associados ao atraso no crescimento.
Os benefícios do ultrassom com doppler na medicina fetal
Além de contribuir para diagnósticos precisos, o ultrassom com doppler oferece vantagens que fortalecem a segurança materno-fetal. Conforme expõe a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, os principais benefícios incluem:
- Monitoramento em tempo real: permite acompanhar a resposta do bebê a diferentes situações clínicas.
- Aumento da precisão diagnóstica: identifica problemas circulatórios que não aparecem no ultrassom convencional.
- Suporte à tomada de decisão: ajuda a definir o momento e a via mais seguros para o parto.
Esses benefícios reforçam o papel do doppler como ferramenta indispensável no cuidado gestacional, principalmente em casos de risco elevado.
Uma tecnologia que salva vidas antes do nascimento
Em última análise, o ultrassom com doppler é um exame de alta relevância na medicina fetal, fornecendo informações detalhadas sobre a circulação sanguínea e permitindo diagnósticos precoces de sofrimento fetal e restrição de crescimento. Desse modo, o uso adequado desse recurso orienta condutas médicas mais assertivas, elevando as chances de um desfecho mais seguro tanto para mãe quanto para o bebê.
Autor: Vladimir Shestakov